Curso: | Licenciatura em Educação Socioprofissional |
Unidade Curricular: | Técnicas de Animação de Grupo |
Professor: | Carlos Jorge De Sá Pinto Correia |
Estudante: | Mariana Santos Silva |
Obra cinematográfica: | ”A guerra do fogo” |
Grelha de Observação e Análise de Sequências Fílmicas
Considere as sequências de imagens como…
uma linguagem; um produto histórico e um veículo de comunicação
Ficha Técnica | |
Director: Jean Jacques Annaud Interpretação: Everett Mcgill, Ron Periman, Nicolas Kadi, Era Dawn Chong Produção: Véra Belmont, Jacques Dorfmann, Denis Héroux Argumentação: Gérard Brach a partir de uma obra de J.H Rosny Sr Fotografia: Claude Agostini Música: Fhilippe Sarde Duração: 100 min Origem: EUA Género: Fantasia – Aventura | |
Análise Globalizante | |
Exposição das ideias principais | O filme em análise retrata dois grupos de hominídeos pré-históricos: ideias principais Um grupo que cultuava o fogo como sendo algo sobrenatural, e o outro grupo que dominava a técnica de se fazer o fogo. No que diz respeito á sua sobrevivência, em relação á sua alimentação, o primeiro grupo estava em melhor circunstância, pois alimentava-se de animais e plantas. Para se protegerem do frio, vestiam-se com as peles dos animais que caçavam, habitavam em cavernas, e dormiam juntos para assim terem os corpos juntos e quentes, aproveitando o calor do corpo de cada um. Em termos de linguagem, os dois grupos tinham maneiras diferentes de comunicar. Em relação ao primeiro grupo, a “linguagem dos urros”, mostrava-se mais primitiva, aleatória, não revelando qualquer tipo de repetição ou entendimento entre os indivíduos. No que se relaciona com o segundo grupo, o mesmo parece ter uma comunicação mais avançada, com um maior número de sons articulados. Existem outros elementos culturais, como habitações e ritos, que denotam um maior grau de complexidade em relação ao primeiro grupo. Durante o filme, num dado momento, três sujeitos do grupo mais primitivo, partiram para uma aventura, para trazerem o fogo de volta, mas mais importante do que isso, foi aprendendo novos conhecimentos e tecnologias com outros grupos mais evoluídos (descobrir técnicas de artesanato, pintura corporal, lançadores de flecha, ervas medicinais, construções de cabanas, cerâmica a arte de produzir fogo por atrito e expressões como o sorriso e o humor..), que vieram contribuir para a evolução do seu próprio grupo. Existe também uma expressão de afecto, quando o líder do pequeno grupo se apaixona por uma nativa dessa mesma comunidade mais evoluída e com ela aprende a forma correcta de se relacionar sexualmente e ao mesmo tempo de respeitar os seus semelhantes. |
Apresentação dos aspectos positivos / negativos | O aspecto mais positivo em todo o filme é o fogo. A produzir fogo, surge uma questão de técnica.. Tendo-se uma técnica mais apurada, a mesma possibilita um domínio cada vez maior e mais intenso da natureza, em benefício da vida humana, em prol do seu conforto. Sendo assim, o fogo é peça importante para se proteger contra o frio, contra animais ferozes e predadores. No que se relaciona com a linguagem, é-nos posta uma questão relacionada com a comunicação. O grupo mais desenvolvido, dependendo dessa vantagem, pode comunicar com mais eficiência entre si, bem como através de pensamentos e vontades. Nas cenas iniciais do filme, isso reflecte se, com o caos no confronto entre os membros do grupo, onde se observa uma maior organização entre os indivíduos do grupo mais desenvolvido, que por vias disso já tem uma certa mentalidade social, um espírito de solidariedade e de cooperação entre os elementos do grupo. Com essa estrutura social montada, quem ganha é o grupo, porque garante uma maior coesão e progresso. Esse progresso não seria possível sem a ajuda de todos os elementos do grupo. A outra questão relevante que está na narrativa, é uma descoberta afectiva. Conta-nos a história de uma personagem que passa de um estado de relações de dominância para um estado de relações emocionais. No que respeita aos aspectos negativos vistos no filme, chama-nos a atenção a luta pela sobrevivência, não representando o mesmo, um aspecto totalmente negativo, pois actualmente também se luta pela sobrevivência, mas em relação a agressividade posta pelos hominídeos. A luta pelo mais forte do grupo, a procura de alimentação, a conquista territorial, eram quase sempre demonstração de força e de poder. Também relacionado com as relações sexuais, as mesmas eram promíscuas, tendo como objectivo a reprodução, não reflectindo um comportamento relacionado com os aspectos emocionais, nem demonstrando emoções de afecto |
Pertinência pedagógica | - Desenvolvimento das emoções intra-grupo, como o riso, o afecto e a passagem da sexualidade com intuito meramente reprodutor para uma forma de transmissão de afecto. - Líder por cada um dos grupos; - Tarefas definidas com objectivos específicos; - Estratégias de ataque e de defesa; - Técnicas aprendidas entre os dois grupos. |
Palavras-chave | Fogo; tempo primitivo; Luta pela sobrevivência; Aprendizagens Sociais, Grupos. |
Análise Concentrada | |
Descrição do contexto e das situações/ reconstrução da temática (história) | O filme “A guerra do fogo”, apresenta-nos as diferenças entre dois grupos de hominídeos. O primeiro grupo, onde os indivíduos quase não se diferenciam situações/reconstrução dos macacos, pois não se comunicam por palavras, mas por meio de gestos e grunhidos, é um da temática grupo pouco evoluído, e para eles o fogo é qualquer coisa sobrenatural, pois não o consegue (história) fazer através da técnica da produção do mesmo, não o controlam e não o entendem. Por seu lado, o outro grupo é mais evoluído, pois possui uma comunicação, que mesmo sendo muito rudimentar, é mais articulada que a do primeiro grupo, sabem produzir o fogo, pois aprenderam a técnica de fazê-lo. Um pormenor no inicio do filme, que é bastante sistemático, refere-se a dois grupos de hominídeos que se confrontam e quando termina a luta, apercebeu-se que a chama que o fogo produzia se tinha apagado. Então o grupo que perdeu a chama produzida pelo fogo, enviou três membros do seu grupo à procura de uma nova chama. Pelo caminho, os três passam por algumas situações embaraçosas. Os três conhecem uma fêmea, que os conduz ao seu grupo. Esse grupo é mais evoluído, e os três aprendem coisas novas. A fêmea domina uma linguagem mais elaborada, e coloca, mesmo em prática algo estranho aos hominídeos menos evoluídos: o riso. Assim surge uma questão relacionada com a linguagem. De salientar que quando os três hominídeos conhecem o grupo mais evoluído, o grupo entre si relacionava-se muito melhor, devido ao uso de uma linguagem, que garante aos seus membros entenderem-se entre si. Durante o tempo que estão em contacto com o outro grupo, os três observam linguagem diferente das deles, construções diferentes (cabanas), as deles eram cavernas, pinturas corporais e outros modos de simbologia. Também observam novas técnicas e novas ferramentas. Aprendem a produzir o fogo que tanto procuravam, através do atrito de uma vareta de madeira com uma superfície também de madeira. O filme não representa só a descoberta do fogo, mas especula com grande riqueza de conceitos científicos e de criatividade, o aparecimento de instituições derivadas do choque de culturas e da necessidade de sobrevivência, tendo como base o grupo, a sua comunicação entre si, a tecnologia os afectos e também a evolução do sexo que passa de primitivo (reprodução), até ao sexo com afecto. Este filme mostra-nos a evolução da raça humana através dos tempos, desde o seu inicio, quando avaliação começou a diferenciar dos outros animais, principalmente os macacos, a evolução da comunicação, primeiro entre os membros do grupo, e depois a comunicação entre os vários grupos de hominídeos. A procura de alimentação para sobreviver, através de plantas e animais. |
Auto-avaliação | O filme transmite-nos a ideia de como o homem conforme as necessidades que foi tendo, foi também encontrando novas maneiras e técnicas para superar essas dificuldades. Também mostra-nos que desde a sua existência, o homem sempre se preocupou com a sua sobrevivência, o seu bem-estar e a sua segurança, sempre evoluindo. Mesmos nos nossos dias, ele vai evoluído, para o seu bem-estar, para a sua sobrevivência e para a sua segurança. São estes pontos que diferem o ser humano dos outros animais, ditos irracionais. |